Prêmio Mulheres do Agro: finalistas produzem grãos, hortifruti, café e criam gado. Conheça perfis

25/10/22

Nomes das vencedoras serão reveladas durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agro, dias 26 e 27 de outubro, em São Paulo

Grãos, pecuária, hortifrúti, cana-de-açúcar, café e até macadâmia. As mulheres estão à frente de diferentes negócios no campo e estão assumindo o comando das fazendas de forma progressiva. Para reconhecer o trabalho de produtoras pelo Brasil, o Prêmio Mulheres do Agro é destinado a gestoras de pequenas, médias e grandes propriedades, que lideram de forma sustentável e inovadora.

O resultado da 5ª edição serão anunciadas durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, previsto para os dias 26 e 27 de outubro, em São Paulo. A Globo Rural teve acesso ao perfil das finalistas. Os nomes das vencedoras serão conhecidos apenas na cerimônia de entrega do prêmio. Até lá, conheça curiosidades de quem pode levar o troféu para casa.


Energia solar e carbono

Uma das finalistas é de Ibiá (MG). Começou há 25 anos com a produção de batatas. Hoje, dedica-se ao plantio de soja, milho, pecuária bovina, sementes, além da armazenagem e distribuição dos grãos. Para tornar a empresa rural de grande porte mais sustentável, ela adotou o sistema de geração de energia com placas solares, além de reutilizar a água da chuva. Um dos diferenciais é ter sido integrante do PRO Carbono, iniciativa da Bayer que visa aumentar o sequestro de carbono no solo a partir da intensificação de práticas agronômicas sustentáveis.

Outra candidata ao prêmio também é conhecida pelas práticas sustentáveis. Em Campo Novo do Parecis (MT), a finalista do Prêmio Mulheres do Agro tem uma área de 5 mil hectares, onde cultiva soja, milho e cana de açúcar. A propriedade é sede de um programa para desenvolver projetos de proteção do meio ambiente, em harmonia com a produção agrícola. Não por acaso, a produção possui a certificação RTRS (Round Table on Responsible Soy).

Seja para controlar o uso da água ou mapear cada talhão dos 514 hectares da fazenda em Formosa (GO), há produtora que investe nas imagens por satélite. Com áreas irrigadas maiores, associadas ao uso de técnicas de manejo e conservação do solo, o monitoramento do uso de água via satélite permite entender a disponibilidade hídrica da região e planejar melhor a destinação do recurso natural.


Mulheres no café

Saída de São Paulo para administrar a fazenda em Patos de Minas (MG), a produtora mineira que pode levar o Prêmio Mulheres do Agro investe na alta qualidade do café através de boas práticas sustentáveis aplicadas. Alguns exemplos são: produção de adubo orgânico com utilização de resíduos próprios, uso de energia solar, água magnetizada para economizar o consumo na irrigação e manejo de cobertura de solo entre as linhas de café. O resultado é apreciado pelo mercado interno e também por consumidores de países como Reino Unido, Japão, Austrália e Grécia.

Em Monte Carmelo (MG), outra produtora deixou de lado a formação em Farmácia para investir na cafeicultura. No município, situado na região do Cerrado Mineiro, ela mantém 88 hectares de lavouras de café especial. A produção é de 1.500 sacas por safra, com uma meta de dobrar até 2024. Após sua chegada, a produtora aprimorou seus conhecimentos e investiu em sustentabilidade, com iniciativas como uso inteligente da água, produção com abelhas nativas, e mensuração da pegada de carbono.


Empreendedorismo

Em Barretos (SP), uma dentista deixou a profissão para comandar 100 hectares de seringueiras. O cultivo para produção de borracha natural visa os menores níveis de umidade e segue todos os protocolos de exploração e armazenamento da produção. Para diversificar a fonte de renda, a produtora rural também passou a se dedicar à cultura de macadâmia e os resultados a incentivaram a criar um projeto para implantação de um pomar em uma área de 36 hectares.

Outra finalista do Prêmio Mulheres do Agro é uma jovem paraibana que assumiu uma propriedade de quatro hectares da família logo antes da pandemia. A advogada de formação conseguiu estruturar o empreendimento e ser a pioneira no cultivo de microvegetais e flores comestíveis no Estado. Há também a produção de hortaliças por meio da hidroponia dentro de estufas. Com isso, o negócio fornece folhas, microvegetais, ervas finas e flores comestíveis para mais de 50 restaurantes da alta gastronomia paraibana.

Manejo correto
Também em Barretos (SP), 25 hectares são dedicados à pecuária de corte e cultivo de milho e soja, cuja exportação é equivalente a 50% da produção. A pecuarista é preocupada com o bem-estar animal e adota currais antiestresse. Além disso, há práticas como nivelamento territorial com fertilizante em todos os pastos anualmente e fornecimento de água ao rebanho somente de poços artesianos.

Não é a única finalista que tem um trabalho destacado pelo manejo sustentável da produção. Outra é uma produtora de Ipiranga (PR). É a primeira mulher da família a assumir a administração da fazenda. Ela conta que recebeu a terra em 2004, sem maquinários, ou qualquer outra benfeitoria e, com o tempo, conseguiu expandir o terreno e renovou todo o maquinário. Um dos destaques de sua gestão é a rotação de cultura, em que modifica sua produção de acordo com as variações de clima e preços.Fonte: Globo Rural

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