Realizado em conjunto por diversas entidades como a consultoria Datagro, Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ABRAFRUTAS, Sociedade Rural Brasileira (SRB), entre outras, aconteceu entre os dias 27 e 28 de junho, no Allianz Parque em São Paulo, o Global AgriBusiness Festival (GAFFFF), maior festival de cultura agro do mundo. Na ocasião, representantes da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) abordaram, em três momentos, aspectos relacionados à sanidade animal em áreas como rastreabilidade, legislação, novas regulações, bem-estar e saúde única.
No dia 27, as atividades tiveram início com a participação da médica-veterinária Erika Ramos Mello, diretora do Departamento de Trânsito e Análise de Riscos (DETRAR) que compôs, junto com Chris Morais, presidente da Câmara Setorial da Pecuária e Roberto Waack, conselheiro da Mafrig, o painel “Para Onde Vamos em Relação ao Bem-Estar Animal”. No painel, a veterinária abordou as experiências a nível estadual a respeito do tema e relatou ações do departamento que visam o trânsito adequado de animais e produtos de origem animal e vegetal.
Maria Carolina apresentou ações relacionadas a saúde única
Ainda no dia 27, Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da Defesa Agropecuária, mediou o painel “Sanidade Animal no Cenário Global”. Falaram sobre o tema, a médica-veterinária Maria Carolina Guido, diretora do Departamento de Capacitação e Educação em Saúde Única (DECESUN) da CDA e o professor do Campus de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Iveraldo Dutra.
Na oportunidade, Maria Carolina apresentou aos presentes, um panorama geral a respeito das atividades da Defesa Agropecuária incluindo as ações de saúde única que envolvem a interação entre animais, meio ambiente e pessoas. “Nesse aspecto trabalhamos no sentido de prevenir doenças diversas como por exemplo a Brucelose e a Tuberculose, a Influenza Aviária e até a toxoplasmose, que nesse cenário, pode ser transmitida por javalis”, disse.
Maria Carolina apresentou ações relacionadas a saúde única
Já no dia 28, Barrochelo voltou à programação, dessa vez para participar do painel “Regulando Novas Demandas: Segurança, Rastreabilidade, Legislação e Novos Padrões” que contou com moderação de Sérgio Bortolozzo, presidente da SRB. Além de Barrochelo, completaram o painel, Carlos Goulart, secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) , Miguel Gularte, presidente da Brasil Foods (BRF) e Frederico Zerboni, presidente da associação argentina, Maizar.
Durante a discussão, Barrochelo mencionou a atuação da Defesa Agropecuária no sentido de garantir a rastreabilidade, principalmente, dos rebanhos paulistas. “Estamos trabalhando em diversas frentes, inclusive junto ao MAPA, como a implementação da brincagem nas fêmeas bovinas vacinadas contra a Brucelose, que é uma opção à marcação a fogo e que entendemos como uma ação que pode ser referência para todo o Brasil”, comentou o coordenador.
Barrochelo participou de painel e falou sobre rastreabilidade e novas regulações
“Além disso, trabalhamos com a certificação, a exemplo dos produtores de produtos de origem animal artesanais que estão exibindo seus produtos aqui no GAFFFF. É uma garantia de segurança tanto para o produtor, mas também para o consumidor final que vai consumir um alimento inspecionado e com origem”, acrescentou Barrochelo.
Ajuda aos produtores gaúchos
A SAA convidou para o GAFFFF, produtores para comercializarem seus produtos no Pavilhão de Artesanais. Foram mais de 70 agricultores familiares, entre paulistas e gaúchos, expondo e comercializando seus produtos, como frutas, queijos, ovos e derivados, mel, cafés, cervejas e cachaças.
A iniciativa teve como objetivo apoiar o pequeno produtor paulista com renda e visibilidade. No caso dos agricultores do estado do Rio Grande do Sul, que foram atingidos pela tragédia climática no início de maio, o objetivo é contribuir com a reestruturação comercial dos empreendedores gaúchos.
Vale lembrar, que em maio, a SAA autorizou a entrada e a venda de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul no Estado – e que antes não podiam ser comercializados fora daquele estado — possibilitando a ação de ajuda aos produtores gaúchos, prejudicados pela tragédia climática, ocorrida no início do mês de maio, que matou 177 pessoas e deixou mais de 600 mil desabrigados.
Fonte: Defesa Agricultura de SP